terça-feira, 8 de março de 2011

Estudo revela que igualdade de direitos pode combater a fome


Edição do dia 08/03/2011
08/03/2011 21h40 - Atualizado em 08/03/2011 21h40


As mulheres do campo ganham menos que os homens e suas áreas de cultivo são menores. Além disso, elas não tem o mesmo acesso a tecnologia como os homens.


No centenário da comemoração do Dia Internacional da Mulher, um estudo divulgado pelas Nações Unidas mostra que a igualdade de direitos pode ajudar a combater a fome em todo o planeta.
No trabalho rude da terra, as mulheres ainda são discriminadas, rejeitadas, esquecidas. As camponesas somam 43% da força rural nos países em desenvolvimento. Na América Latina, 20%.
Mas a elas não são oferecidas as mesmas chances que são dadas aos homens. Segundo o relatório da FAO, as mulheres no campo não são só mais mal pagas do que os homens, mas também são aproveitadas em trabalhos temporários, as suas áreas de cultivo são menores e elas têm muito menos acesso aos insumos do que eles.
Se as mulheres obtivessem os mesmo direitos à tecnologia, aos produtos agrícolas, aos serviços financeiros, à educação e aos mercados, a produção de alimentos aumentaria em 30%.
O embaixador do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a agricultura e alimentação, Antonino Porto, revela o que isso significaria.
"Se se resolverem as desigualdades, num passe de mágica, de uma hora para outra, entre homens e mulheres, você pode reduzir de 15% a 17% o número de famintos no mundo", afirmou Antonino Porto.
Num planeta em que quase um bilhão de pessoas passam fome, isso representaria 150 milhões de pessoas.
O diretor geral da FAO, Jacques Diouf, declarou que promover a igualdade no campo não é apenas um ideal nobre, mas crucial para o desenvolvimento agrícola e a segurança alimentar mundial.


 

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