quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) mantém prisão de Battisti

Nara Alves, iG São Paulo | 06/01/2011 19:06



O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, negou nesta quinta-feira (6) o pedido de liberdade do ex-ativista italiano Cesare Battisti, de acordo com a assessoria de imprensa do órgão. A defesa de Battisti protocolou o pedido de soltura na última segunda-feira,  na esperança de que o tribunal aplicasse de imediato a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de conceder refúgio político ao italiano. 
No despacho de três páginas, Peluso manteve Battisti preso e, diante da urgência do assunto, determinou que o processo seja encaminhado ao relator do caso no STF, ministro Gilmar Mendes, "que reapreciará os pedidos se for o caso". Mendes está em férias no mês de janeiro, mas esteve no tribunal nesta semana.
Com a decisão, Battisti deverá permanecer no presídio da Papuda, em Brasília, até fevereiro, quando termina o recesso do STF e Gilmar Mendes volta ao trabalho.
Condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas nos anos 70, Battisti aguardava ansiosamente um posicionamento do Supremo sobre seu caso, segundo relatos feitos ao iG por pessoas que estiveram com o italiano na prisão nos últimos dias.
Lula anunciou a decisão de não extraditar o Battisti no último dia de seu governo. Com isso, desencadeou reações na Itália, levando vários ministros de Estado a levantarem a possibilidade de uma retaliação ao Brasil. Nos últimos dias, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi procurou amenizar o clima de tensão e assegurou que as relações diplomáticas entre os dois países não seriam prejudicadas.
Na Itália, entretanto, grupos políticos prosseguiram com as manifestações contra o governo brasileiro.Italianos já estudam, por exemplo, a organização de boicotes contra o Brasil, afirmou ao iG o diretor de Relações Internacionais da Associação Italiana das Vítimas do Terrorismo (Aiviter), Luca Guglielminetti. A entidade vem recebendo várias mensagens de pessoas que se dizem dispostas a restringir a compra de produtos ou atividades turísticas brasileiras como forma de retaliar a decisão brasileira contrária à extradição.
(Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br, acesso em 06/01/2011)

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