sábado, 20 de abril de 2013

Terremoto provoca 152 mortes e deixa mais de 5,5 mil feridos na China


A região das montanhas de Longmen registrou cinco anos atrás sismo de 8 graus de magnitude causou 90 mil mortos

Um terremoto de 7 graus na escala Richter causou neste sábado (20) a morte de pelo menos 152 pessoas, e deixou mais de 5,5 mil feridos na província central chinesa de Sichuan, onde equipes de emergência, com apoio militar, trabalham para socorrer as vítimas.
A região das montanhas de Longmen registrou cinco anos atrás sismo de 8 graus de magnitude causou 90 mil mortos.
Pelo movimento tectônico a comarca de Lushan registrado às 8h02 local (21h02 no horário de Brasília), de acordo com Centro de Redes Sismológicas da China, 200 pessoas ficaram feridas em estado grave
O epicentro do terremoto aconteceu a 30,3 graus de latitude norte, 103 graus de longitude leste e a 13 quilômetros de profundidade, na mesma vertente montanhosa onde em 12 de maio de 2008 aconteceu o terremoto de Wenchuan.Pelo movimento tectônico a comarca de Lushan registrado às 8h02 local (21h02 no horário de Brasília), de acordo com Centro de Redes Sismológicas da China, 200 pessoas ficaram feridas em estado grave.
A falha de Longmen uma pequena parte da grande zona de atrito entre as placas tectônicas indiana e asiática, registrou 12 terremotos de mais de cinco graus desde 1900, o pior, justamente em 2008.
A região afetada hoje é menos remota do que a atingida cinco anos atrás, por isso as primeiras equipes de televisão chegaram logo depois do ocorrido, mostrando as primeiras imagens das áreas assoladas pelo tremor.
As cidades mais afetadas em número de vítimas foram Longmen e Qingren. Já na cidade de Gucheng, de 3 mil habitantes, tem 95% de suas edificações comprometidos.
Câmeras de seguranças registraram imagens de cidadãos de toda a província - já que o tremor foi sentido em boa parte do oeste do país - correndo pelas ruas, e até mesmo pacientes de um hospital, em Lushan, que acabaram sendo atendidos em plena rua, por temor de novos tremores.
As autoridades lançaram um amplo dispositivo de atendimento às vítimas, com envio de mais de 6 mil soldados do Exército e milhares de bombeiros, membros da polícia, entre outros agentes públicos, que conseguiram resgatar cerca de 50 pessoas com vida dos escombros.
As forças armadas chinesas utilizam drones (aviões não tripulados) pela primeira vez em um terremoto, para examinar as mais remotas zonas atingidas. Há pelo menos quatro áreas próximas ao epicentro que ainda não foram acessadas, por isso, é esperado que o número de vítimas aumente nas próximas horas.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, viajou para a região atingida, para supervisionar os trabalhos de resgate. O presidente Xi Jinping, por sua vez, cobrou que as autoridades locais não poupem esforços e dêem prioridade ao resgate de vítimas.
O Ministério de Assuntos Civis enviou ajuda humanitária à zona, composta por 30 mil tendas de campanha e 50 mil cobertores, entre outros bens básicos.
O terremoto deixou sem água e eletricidade várias localidades. Além disso, várias estradas foram afetadas, dificultando a chegada das equipes de resgate.
A agência "Xinhua" informou a morte de um soldado, quando um dos veículos militares que se dirigiam à região para auxiliar nos trabalhos de resgate, caiu em um precipício. No acidente, outras sete pessoas ficaram feridas.
A zona do terremoto é conhecida por ser a primeira em que foram avistados ursos panda na história, e é base de uma base de pesquisa desta espécie, em risco de extinção. Responsáveis deste centro, consultados pela imprensa oficial, afirmaram que não há vítimas entre seus animais.
Após o forte tremor inicial se registrou hoje, também foram observadas pelo menos 627 réplicas na região, a pior delas de 5,3 graus.
O oeste da China é uma zona de frequente atividade sísmica, e nas últimas semanas vários tremores de menor intensidade, (ao redor de 5 graus na escala Richter) na também ocidental província chinesa de Yunnan, causaram dezenas de feridos.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Novo mapa do universo mostra que ele é mais velho do que se pensava


Um espetacular novo mapa descrevendo a ''luz mais antiga'' do universo, que indica que o cosmos é mais antigo do que se acreditava até agora e dá força à teoria do Big Bang para explicar sua origem, foi revelado pela Agência Espacial Europeia.
O mapa, montado a partir de dados coletados pelo telescópio espacial Planck, apresenta o universo com pixels em tons de azul e marrom que representam variações de temperatura, que por sua vez são indicações da presença de radiação cósmica de fundo na forma de micro-ondas (uma radiação eletromagnética como a luz, mas que não pode ser enxergada a olho nu).
No mapa, as manchas azuis mostram regiões mais frias que a média e as marrons, mais quentes. Os pontos frios mostram onde a matéria do universo está mais concentrada.
Os dados oferecidos pelo Planck sugerem que o cosmos se formou a 13,82 bilhões de anos - um aumento de cerca de 50 milhões de anos em relação a cálculos anteriores.
O mapa também sugere que o universo conta com mais matéria (31,7%) e menos "energia escura" (68,3%), o misterioso componente que acredita-se estaria provocando a expansão do cosmos a um ritmo acelerado.
Segundo especialistas, algumas imagens presentes no mapa foram inesperadas e exigirão que alguns conceitos adotados pela comunidade científica sejam repensados.
ESA/Planck collaboration
 Novo mapa do universo mostra que ele é mais velho do que se pensava
Novo mapa do universo mostra que ele é mais velho do que se pensava

Universo em expansão
O mapa foi montado após a compilação de 15 meses de dados do Planck, um telescópio que custou 600 milhões de euros (cerca de R$ 1,5 bilhão).
A equipe que analisou os dados afirma que o mapa se encaixa bem no modelo clássico de cosmologia, que defende a ideia de que o universo começou em um estado denso, incrivelmente pequeno e de temperatura extremamente elevada e que então, após a explosão conhecida como Big Bang, se expandiu e foi esfriando.
A radiação cósmica de fundo é a luz que pôde se espalhar pelo espaço assim que o universo desaqueceu o suficiente para permitir a formação de átomos de hidrogênio, cerca de 380 mil anos após o nascimento do cosmos.
Essa radiação de micro-ondas ainda banha a Terra com um brilho quase uniforme, mas é possível detectar variações em seu sinal, e essas flutuações - vistas nas pigmentações no mapa - refletiriam as diferenças na densidade da matéria quando a luz partiu em sua jornada há bilhões de anos.
Cientistas submeteram as oscilações de temperatura a uma série de análises estatísticas, que podem agora ser confrontadas com expectativas teóricas - confirmando algumas e descartando outras.
Surpresas
O mapa também dá força à chamada teoria de inflação cósmica, que afirma que, nos seus primeiros momentos de existência, o universo se expandiu com imensa velocidade.
Mas, como o mapa é bem mais detalhado do que qualquer análise anterior, também é possível encontrar algumas anomalias.
Uma delas é que as oscilações de temperatura, quando analisadas em grande escala, não se encaixam nas previsões do modelo padrão. O sinal é um pouco mais fraco do que o esperado.
O mapa também indica uma assimetria nas temperaturas médias em todo o cosmos e mostra que o "hemisfério sul" mostrado no mapa é ligeiramente mais quente do que o "norte".
Outra anomalia significativa é um ''ponto frio'' no mapa, centrado na constelação de Eridano, que é muito maior do que se esperava.

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1250053-novo-mapa-do-universo-mostra-que-ele-e-mais-velho-do-que-se-pensava.shtml, acesso em 21/03/2013.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Queda de meteoro deixa centenas de feridos na Rússia


Vítimas tiveram ferimentos causados por estilhaços de vidro. Mais de 100 pessoas tiveram que ser hospitalizadas.


Cerca de 500 pessoas ficaram feridas em consequência de um meteoro que atravessou o céu sobre a Rússia nesta sexta-feira (15), lançando bolas de fogo na direção da Terra, quebrando janelas e acionando alarmes de carros.
Segundo agências de notícias russas, o Ministério de Situações de Emergência do país informou que 514 pessoas ficaram feridas e buscaram assistência médica, incluindo 82 crianças. Destas, 112 foram hospitalizadas.
Moradores que estavam a caminho do trabalho em Chelyabinsk ouviram um barulho que parecia ser de uma explosão, viram uma luz forte e sentiram uma onda de tremor, de acordo com um correspondente da Reuters na cidade industrial, que fica a 1.500 quilômetros de Moscou.
O meteoro atravessou o horizonte, deixando um longo rastro branco em seu caminho que podia ser visto a até 200 quilômetros de distância, em Yekaterinburgo. Alarmes de carros soaram, janelas quebraram e telefones celulares tiveram o funcionamento afetado pelo incidente.
Meteoro - arte (Foto:  )
"Eu estava dirigindo para o trabalho, estava bem escuro, mas de repente veio um clarão como se fosse dia", disse Viktor Prokofiev, de 36 anos, morador de Yekaterinburgo, nos Montes Urais. "Me senti como se estivesse ficado cego pela luz", acrescentou.
Não foram relatadas mortes em consequência do meteoro, mas o presidente Vladimir Putin, que nesta sexta recebe ministros da Fazenda dos países do G20, e o primeiro-ministro Dmitry Medvedev foram notificados sobre os acontecimentos.
Não há informações sobre a relação da queda do meteoro com a passagem, nesta sexta, de um asteroide de 50 metros de comprimento a 27.700 km acima da superfície da Terra. A distância é menor do que a órbita dos satélites de comunicação.
Alguns veículos da imprensa chegaram a informar que uma chuva de meteoros teria caído sobre os Urais.
Janelas de um centro esportivo ficaram destruídas após serem atingidas por meteoritos nos Montes Urais (Foto: Reuters)Janelas de um centro esportivo ficaram destruídas após serem atingidas por meteoros nos Montes Urais (Foto: Reuters)
"Não foi uma chuva de meteoros, mas um meteoro que se desintegrou nas camadas baixas da atmosfera", disse à agência "Interfax" a porta-voz do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, Elena Smirnij.
Elena acrescentou que a onda expansiva provocada pela queda do corpo celeste quebrou as janelas de "algumas casas na região".
A porta-voz ministerial também informou que a queda do meteoro não alterou os níveis de radiação, que se mantêm dentro dos parâmetros frequentes para a região.
Meteoro ou meteorito?
Quando um corpo rochoso vem do espaço e entra na atmosfera, ele é inicialmente chamado pelos astrônomos de meteoro. Caso ele comprovadamente atinja o solo, em vez de se desfazer em atrito com a atmosfera, ele passa a ser classificado de "meteorito", conforme explica o astrônomo Cássio Barbosa, colunista do G1.

O objeto foi inicialmente noticiado como sendo um meteorito, em agências internacionais e no G1. Como ainda não há comprovação de que pedaços tenham sido encontrados, o G1 passará a adotar meteoro.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/02/queda-de-meteorito-deixa-400-feridos-na-russia.html, acesso em 15/02/2013.

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